Why Nostr? What is Njump?
2024-03-07 16:13:05
in reply to

Bellator Vult on Nostr: Deveras muito interessante sua observação; de fato, consta-me tal pensamento ...

Deveras muito interessante sua observação; de fato, consta-me tal pensamento perdido em algum lugar. Já me ocorrerá, tenho certeza, só não sei que fim deu. De qualquer forma, bem, tanto faz. Obrigado por trazer tal tema ao escrutínio da comunidade, mas, como um rinoceronte a galope ao adentrar a um salão de cristais, adendo uma pequena modificação na sua exposição.

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LIBERTINISMO - TWITTER - LIBERTARIANISMO
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Não que esteja errada a tua, e que, o exposto acima por mim é proposital, portanto não precisa esquentar a chaleira, pois explico. Para tanto, não menos importante, vamos às definições para um bom saber, sucintamente.

1. Libertinismo: Sendo a junção da zorra com o carnaval, no pior sentido possível, é uma distorção da liberdade individual, onde, não há limites para suas ações. Portanto, os libertinos, veem a liberdade como licenciosa, ou seja, alérgicos as consequências de suas ações e assuntos morais, éticas e sócias.
2. Libertarianismo: Busca a autodeterminação e a responsabilidade por todos seus atos, ações e questões morais, éticos e sociais. Visa o respeito mútuo mediante contratos e acordos e a menor interferência possível na vida de outros quanta nas próprias. Esta via é um equilíbrio delicado, e o viver no fio da navalha, sendo a constante ponderação entre a liberdade e a responsabilidade, entre os direitos individuais e as obrigações coletivas.

Tentei simplificar ao máximo, sem sair da razão -- se e que isso hoje existe. Diante a isso e fácil perceber que as estruturas das redes refletem e favorece determinadas vias de liberdade. Vejamos:

1. Redes Centralizadas: Toda a onipotência inquestionável do mestre, suas regras nem precisam ser claras, basta um deslize e você é sumariamente punido. Um único nó a mercê do mestre, controlando desde as atividades dos usuários até o acesso. Quem é que não gosta de um afago e uma coleira em volta do pescoço?
2. Redes Descentralizadas: Sem uma grande mente, mas várias, com seus próprios nós, cada um com suas regras e caprichos. É um parquinho caótico onde os sensíveis encontram sua dose diária de drama, dopamina e afagos em seus guetos. Os libertinos adoram esse ambiente, pois evocam regras paulofrerianas ou choram as pitangas com o dono do nó.
3. Redes Distributivista: Indiscutivelmente o futuro do ciberespaço, hoje sendo desbravado por bandeirantes digitais para os menos resilientes e corajosos. O libertarianismo floresce em sua plenitude na comunidade, não por regras arbitrárias ou imposições senhoriais, estas sendo mínimas ou inexistentes, mas o peso da relevância de suas convicções, provado em seus nós replicantes.

Com tamanha explanação, convido a um exercício.

Quanto maior a imposição de regras e arbitrariedades, maior será a tendência para o libertinismo, de guetos com normas de temperos exóticos, alimentando a insaciável rebeldia contra a essência libertária. É uma verdadeira balbúrdia, estimulada justamente por esse tipo de imposição subjetiva, plataformas como Mastodon e Threads representam muito bem isso. Já a via onde as convicções são crivadas pela comunidade, pode intimidar aos sensíveis, inseguros e a determinados discursos notadamente planejados, portanto a liberdade de expressão torna-se um absurdo a estes, pois por permitir a contra argumentação para qual não estão preparados, clientes NOSTR denotam bem esse ponto. O que nos leva às brumas do X (ex-Twitter). A restruturação da plataforma para se tornar uma praça pública gerou um mecanismo que tenta agradar a ambos: libertinos e libertários. Na prática, essa iniciativa se tornou um campo minado para as regras da plataforma e para a comunidade, levando ambos aos limites temerariamente, enquanto for do agrado do humor do dona da plataforma.

Portanto, sua afirmação -- creio eu que seja uma indagação provocativa, reflexiva e bem-vinda:

> A internet está voltando para sua origem decentralizada e nichada.

Respondo com um não. Veja o ciberespaço como zonas, tendo níveis de aprofundamento, ordens e estruturas, indo do mais centralizador e concentrado ao mais pulverizado e caótico. O que nos leva ao segundo posicionamento.

> Saber navegar entre as diferentes bolhas e peneirar bons conteúdos é e sempre será essencial.

Sem sombra de dúvidas. Entregar-se a esse verso requer criticidade pujante e deve estar bem distante de almas inocentes e imprudentes.

Obviamente tudo aqui exposto e de minha particularidade objetiva, não sendo uma verdade inquestionável, e no pior dos cenários a culpa e do café.
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