Objetivo: Ir ao mercado comprar 5kg de batatas.
Imaginem então ir ao mercado mas neste caso, não sabem falar a língua. Em princípio, com poucos gestos como apontar para o produto, abrir a mão tentando explicar um 5, com mais ou menos esforço, o objetivo seria cumprido.
Imaginemos agora que se deslocam ao mercado a saber falar a língua, mas sem a moeda local. O que iria acontecer é que, apesar da troca de palavras e intenções, o objetivo seria muito difícil de concretizar.
O que tento explicar é que o dinheiro é uma das maiores invenções da civilização humana, além da língua em si. O dinheiro é extremamente importante para o sucesso na comunicação entre os seres humanos e para a sua evolução. Note-se que ao longo de vários séculos houve vários tipos de dinheiro, como o gado, o sal, o ouro, entre outros, até ao que usamos hoje, o dinheiro FIAT. Até à atualidade, todos os tipos do dinheiro tiveram um início e um fim.
FIAT deriva do termo latim “let it be done” que significa uma regra, autorização, decreto.
Na minha opinião, estamos a viver os últimos tempos do dinheiro FIAT, pelo menos esta versão, notas em papel e moedas, que conhecemos hoje. Este dinheiro está a tender para o valor de 0 em relação a outros ativos desde a sua criação. Qual é a razão para isto? A sua centralização no seu funcionamento que controla a emissão, oferta, inventário, liquidação e mesmo até confiscar a qualquer momento que lhes convém. Exemplos mais recentes são as contas bancárias dos camionistas confiscadas no Canadá e uma grande maioria dos habitantes da China não conseguirem levantar o seu próprio dinheiro das contas bancárias.
No futuro, o mercado vai lá estar, juntamente com as batatas e com a língua, mas, na minha opinião, o FIAT como o conhecemos não estará.
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