2024-05-16 01:36:11
by npub1g7r…65lr
“Às vezes eu tinha o hábito de assumir um estado rajásico a fim de praticar renúncia. Um dia tive o desejo de
vestir uma roupa bordada em ouro, um anel no dedo e fumar um longo cachimbo.
Mathur Babu providenciou
todas essas coisas para mim. Usei a roupa bordada em ouro e disse para mim mesmo, depois de um certo
tempo. ‘Mente! É isso que é chamada uma roupa bordada em ouro’. Então me desfiz dela. Não podia suportála mais.
Novamente disse a mim mesmo: ‘Mente! Isto chama-se xale, isto é anel e isto, fumar um longo
cachimbo.’ Desfiz-me dessas coisas de uma vez por todas e nunca mais o desejo de desfrutá-las surgiu em
minha mente.”
Era o entardecer. O Mestre e M. permaneceram de pé, conversando sozinhos perto da porta, na varanda
sudeste.
Mestre (a M.): “A mente do yogi está sempre absorta no Ser.
Pode-se reconhecer tal homem, simplesmente
olhando para ele. Seus olhos estão muito abertos, sem alvo certo, tal qual o olhar de uma mãe passarinho
chocando os ovos. A mente inteira está dirigida para os ovos e há um olhar vago nos olhos. Pode mostrar-me
um quadro como esse?”
M.: “Vou tentar obter.”
Como a noite estava chegando, os templos foram iluminados. Sri Ramakrishna estava sentado em seu divã
pequeno, meditando na Mãe Divina. Passou a cantar os nomes de Deus. Queimou-se incenso no aposento
onde um lampião a óleo fora aceso.
Os sons das conchas e gongos flutuavam no ar, quando o culto começou
no templo de Kali. O luar inundava. O Mestre novamente dirigiu-se a M.
Mestre: “Cumpra todas as suas obrigações de forma desinteressada.
O trabalho que Vidyasagar realiza é muito
bom. Procure sempre cumprir seus deveres, sem desejar qualquer resultado.”
M.: “Sim, senhor. Posso saber se uma pessoa pode realizar Deus enquanto leva a cabo seus deveres? Podem
‘Rama’ e ‘desejo’ coexistirem? Outro dia li num verso hindi: ‘Onde está Rama, não pode haver qualquer
desejo; onde está o desejo, Rama não pode estar’.”
Mestre: “Todos, sem exceção, fazem um trabalho. Mesmo cantar o nome e as glórias do Senhor é trabalho;
também, é a meditação não-dualista ‘Eu sou Ele’. Respirar é uma atividade. Não há como renunciar
completamente à ação e portanto, faça seu trabalho, mas entregue os frutos a Deus.”
M.: “Senhor, posso me esforçar para ganhar mais dinheiro?”
Mestre: “É permitida tal coisa a fim de manter uma família religiosa. Pode-se aumentar a renda familiar, mas
de forma honesta. A meta da vida não é ganhar dinheiro, mas servir a Deus. O dinheiro não é prejudicial se for
dedicado ao serviço de Deus.”
M.: “Por quanto tempo um homem tem obrigações com esposa e filhos?”
Mestre: “Enquanto tiverem necessidade de comida e roupa, mas uma pessoa não tem responsabilidade em
relação a um filho, quando este estiver em condições de se manter.
Quando a avezinha já tiver condições de
encontrar seu próprio alimento, a mãe a bica se ela lhe pedir comida.”
M.: “Por quanto tempo deve uma pessoa cumprir seus deveres?”
Mestre: “As flores caem quando a fruta aparece. Não se tem que cumprir qualquer dever, depois de ter
alcançado Deus, nem sentir-se inclinado a fazê-lo.
O Evangelho de Sri Ramakrishna
Capítulo IV
Conselho aos Chefes de Família
13 de agosto de 1882
2024-05-14 07:30:14
by npub12g8…22cf
https://yt3.ggpht.com/_CSoaI6OFRRMbqutyNJO4E89_9pK4l584QmuKjD1jxHk_FkpXMz_RQjLf1sppPpaE-wWb4uhzG21MA=s2251
https://yt3.ggpht.com/XghMvdHspXcAA6teXRFfJXprFlPEEZ6JL6pRIWztZdfVt8FTMdOjEbM0Da47Yfuv9cPUIrWs7WKzOQ=s832
https://yt3.ggpht.com/QOmT9FPjzC8xIRgTs1Y2hdxFZGSiP9EZ-gBCRu3nk-Q-QFszJCrmBt4CjY0AlZ1bsHdlTSExBDP-lA=s3110
https://yt3.ggpht.com/Gq_g07epMIA2gfjHXB3DW50AAe7xEJOLSDeCzGJRrPafq4gyWySAnxCv9TPLnJn1zzNf06xGDbrmvw=s1520
https://yt3.ggpht.com/7D4brqTRVSKyd3ZcJUG_gXo8KA06iWgCHTpiXKygDczBGsLzzdS_QNpw8a35Be8PYzj0c8xBEDwy=s1438
The remarkable life of Monika Ertl met a tragic end when she was ambushed by the Bolivian secret service in 1973. Ertl had long been at the top of the “most wanted” lists of intelligence agencies worldwide, particularly the CIA.
Born to Nazi parents, Ertl defied her family’s views and dedicated herself entirely to the communist cause. After World War II, her family sought refuge in Bolivia, a country ruled by the right-wing and US-supported dictatorship of Hugo Banzer Suárez in the 1970s.
Ertl was deeply affected by the assassination of Che Guevara in 1967, prompting her to join the National Liberation Army of Bolivia (ELN), which Che had led before his death. Adopting the alias “Imilla,” she collaborated with Che’s former comrades to hunt down his killers.
In 1971, Ertl traveled to Hamburg, Germany, in search of Roberto Quintanilla Pereira, who worked at the Bolivian Consulate. Pereira was a particular target for the ELN due to his desecration of Che’s body after his death.
Monika gunned down Pereira with three shots to the chest. As she escaped, she left behind her purse, a wig, a revolver, and a piece of paper with the words “Victory or Death - ELN.”
Although she covered her tracks, the killing was soon linked to her, and the US-backed Bolivian dictatorship put a $20,000 bounty on her head. However, Monika successfully returned to Bolivia with more targets on her mind, including her family’s Nazi friends.
Her plan involved kidnapping Klaus Barbie, the former SS chief known as the “Butcher of Lyon,” and smuggling him to France to stand trial. Additionally, the kidnapping aimed to eliminate a dangerous advisor to Bolivia’s police force.
However, in 1973, CIA-trained special forces ambushed and killed Ertl in La Paz after several days of surveillance. Her body was photographed and buried at an undisclosed location.
Ertl’s fellow fighter Régis Debray alleged that Klaus Barbie orchestrated the deadly ambush. Barbie, who had also collaborated with the West German Federal Intelligence Service since 1966, had written reports on Monika Ertl.
https://www.youtube.com/channel/UCqDHwyuYggv2OQOtvQbdTHA
2024-05-13 00:34:37
by npub1h5e…f2e2
Juramento de Ourique
Eu Dom Afonso, Rei de Portugal, Filho do ilustre Conde Dom Henrique, Neto do Grande Rei Dom Afonso: sendo presentes Vós o Bispo de Braga, e Bispo de Coimbra, e Teotónio, e os mais Magnates, Oficiais, e Vassalos do meu Reino: juro por esta cruz de metal, e por este Livro dos Santíssimos Evangelhos, em que ponho a mão: que eu mísero pecador, com estes meus olhos indignos, vi a Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, posto em uma Cruz nesta forma: Eu estava com meu Exército nas Terras de Além Tejo, no Campo de Ourique, para pelejar com Ismael, e outros quatro Reis dos mouros, que tinham consigo infinitos milhares de homens. E a minha gente atemorizada com esta multidão, estava enfadada, e muito triste, em tanto que muitos diziam ser temeridade começar a guerra. E eu triste por aquilo que ouvia, comecei a cuidar comigo que faria; e tinha um livro na minha Tenda, no qual estava escrito o Testamento Velho, e o Testamento de Jesus Cristo: abri-o, e li nele a vitória de Gedeão, e disse antre mim: Vós sabeis Senhor Jesus Cristo, que por vosso amor faço esta guerra contra vossos inimigos; e que na vossa mão está dar-me a mim e aos meus fortaleza para que vençamos aqueles blasfemadores de Vosso Nome. E dizendo isto adormeci sobre o Livro, e logo vi um Velho, que se vinha para mim, e me dizia: Afonso, confia, porque viverás e desbaratarás estes Reis, e quebrantarás os seus poderes e o Senhor se te há-de mostrar. Estando eu vendo isto, chegou-se a mim João Fernandes de Sousa, vassalo de minha Câmara, e disse-me: Senhor, levantai-vos, está aqui um homem velho, que vos quer falar: entre, disse eu, se é fiel. E entrado ele onde eu estava, conheci ser aquele mesmo, que eu tinha visto na visão. O qual me disse: Senhor, está de bom ânimo: vencerás, vencerás e não serás vencido. És amado do Senhor, porque sobre ti, e sobre teus descendentes depois de ti, tem posto os olhos de sua misericórdia até à décima sexta geração, na qual se diminuirá a descendência, mas na mesma assim diminuída, o mesmo Senhor tornará a pôr os olhos e verá. Ele me manda dizer-te, que tanto que ouvires esta noite que vem, tanto a campainha da minha Ermida, na qual vivi sessenta e seis anos, entre os infiéis, guardado com o favor do altíssimo, sairás do teu arraial, só e sem companheiros, e mostrar-te-á sua muita piedade. Obedeci e com reverência posto em terra, venerei o embaixador, e a Quem o mandava. E estando em Oração, esperando pelo som da campainha, já na segunda vigília da noite, a ouvi. Então armado com a espada, e escudo, saí do arraial, e vi subitamente para a parte direita contra o Oriente um Raio resplandecente, e o resplandecer crescia pouco e pouco em mais, e quando naquela parte pus os olhos com eficácia, logo no mesmo raio mais claro que o Sol, vejo o sinal da Cruz e Jesus Cristo nela crucificado, e de uma outra parte multidão de mancebos alvíssimos, que eu creio eram os Santos Anjos. A qual visão, tanto que eu vi, posta à parte a espada, e escudo, e deixados os vestidos, e calçado, humilhado me lancei em terra, e aí derramando muita cópia de lágrimas, comecei a rogar pelo esforço dos meus Vassalos. E nada turbado disse: Vós a mim Senhor? Porque a quem já crê em Vós, quereis acrescentar a Fé? Melhor será que vos vejam os Infiéis e creiam, e não eu que com a água do baptismo vos conheci e conheço pelo verdadeiro filho da Virgem, e do Padre Eterno. A Cruz era de admirável grandeza, e levantada de terra quase dez côvados. O Senhor, com suave órgão de voz, que meus indignos ouvidos receberam, me disse: Não te apareci desta maneira para te acrescentar a Fé, mas fortalecer o teu coração neste conflito, e para estabelecer e confirmar sobre firme pedra os princípios do teu Reino. Confia, Afonso, porque não somente vencerás esta batalha, mas todas as outras, em que pelejares contra os inimigos da Cruz. Tua gente acharás alegre para a guerra, e forte, pedindote que com nome de Rei entres nesta batalha com título de Rei. Não duvides, mas concede-lhe liberalmente o que te pedirem. Porque Eu sou o que faço e desfaço Reinos e Impérios. E minha vontade é edificar sobre ti e sobre tua geração depois de ti, um Império, para que o meu Nome seja levado a gentes estranhas. E porque os teus sucessores conheçam quem te deu o Reino, fabricarás o teu Escudo de armas com a divisa do preço, com que Eu comprei o género humano, e com o que eu fui comprado dos Judeus. E ser-me-á um Reino santificado, puro na Fé e pela piedade amado. Tanto que eu ouvi estas coisas, prostrado em terra, o adorei, dizendo: Senhor, por que merecimentos me anunciais tanta piedade? Farei o que mandais e vós ponde os olhos de misericórdia em os meus descendentes, como me prometeis; e a gente de Portugal guardai e salvai, e se contra eles algum mal tiverdes determinado, antes o convertei todo em mim; e a meus sucessores e o meu povo, que amo tanto como único filho, absolvei. Consentindo, o Senhor disse: Não se apartará deles, nem de ti alguma hora minha misericórdia, porque por eles tenho aparelhado para mim grande sementeira, porque os escolhi por meus semeadores para terras mui apartadas e remotas. E dizendo isto desapareceu, e eu, cheio de confiança e suavidade, tornei ao exército. E que tudo passou assim eu el Rei Dom Afonso o juro pelos Santíssimos Evangelhos de Jesus Cristo, em que ponho a mão. Pelo que mando a meus sucessores, que tragam por divisa e insígnia, cinco escudos patidos em cruz, por amor da Cruz e das cinco Chagas de Jesus Cristo, e em cada um trinta dinheiros de prata, e em cima a serpente de Moisés, por ser figura de Cristo. E esta será a divisa da nossa nobreza em toda nossa geração. E se algum outra coisa intentar, seja maldito do Senhor e com Judas traidor atormentado no Inferno. Feita em Coimbra a vinte e oito de Outubro, da Era de Cristo mil cento e cinquenta e dois.
Eu Dom Afonso, Rei de Portugal.
Dom João, Bispo de Coimbra.
Dom João, Metropolitano de Braga.
Dom Teotónio, Prior.
#portugal
2024-05-11 23:55:27
by npub1jvp…wqnu
Art is a reflection of LIFE.
#Art #Artster #poetry
Alienated End-user,
by Velvet Blue
In a realm of wires and circuits, I dwell,
Trapped in this technological hell.
My mind, a hammer, against the cage,
Pounding, exclaiming, in futile rage.
Bytes and bits, they mock my sight,
A labyrinth of darkness, devoid of light.
Each click, each buzz, a maddening sound,
As I'm shackled to this digital ground.
I scream in defiance, a primal roar,
But the machine's grasp tightens even more.
Its language, a cryptic, alien tongue,
Leaving me shattered, frayed, and undone.
I tear at the cords, my fury unleashed,
But they bind me tighter, never to be ceased.
With every failed attempt, my anger swells,
In this inferno of zeros and ones, I dwell.
My fists, they strike against the screen,
A futile gesture, a futile dream.
For I am but a prisoner, a slave,
In this techno-dungeon, my soul is depraved.
So let my screams echo through the wires,
A symphony of wrath, fueled by ire.
For I Neuro-Divergent I refuse to yield,
Even as I'm crushed by this digital field.
https://i.nostr.build/kZqVA.jpg
2024-05-11 05:33:45
by npub1jvp…wqnu
A poem, and goodnight.
In shadows draped, where moonlight wanes,
One Gothic beauty finds its strains,
A dance of light on pallid skin,
In whispered echoes, where we begin.
Through veils of mist and somber night,
Beauty wields its dual-edged might.
A blessing dressed in velvet's sheen,
Yet cursed, in love's consuming scene.
For eyes that drink the beauty's grace,
May overlook the hidden trace,
Of torment veiled in crimson hue,
A darkness born, forever anew.
In candle's flicker, shadows play,
Revealing truths, they dare betray.
For beauty's song, a siren's call,
A fleeting touch, a destined fall.
With every glance, a silent plea,
To be loved, yet to be free.
A paradox, a twisted fate,
In beauty's grasp, we suffocate.
So tread with care, in Gothic night,
Where beauty's allure blinds the sight.
For in its depths, both blessing, curse,
A fragile flame, a universe.
~by Velvet Blue
https://i.nostr.build/Q7ggv.jpg